Pode-se afirmar, com segurança, que a saga do futebol uruçuiense é resultante de uma paixão doméstica por esse tipo de esporte e muitos esforços coletivos. Esforços que proporcionaram um misto de lazer, diversão e esportividade desde os primeiros momentos da emancipação política do município. Quiçá, bem antes. Embora os primeiros registros formais datem da década de trinta.
A priori, a prática esportiva não tinha um espaço definido; joga-se na rua, nos terrenos baldios, no largo da igreja matriz e em outros ambientes possíveis. Sempre existia um grupo de atletas disposto a encontrar e organizar um espaço para o futebol de campo acontecer.
Foi com a intensificação da prática e a qualidade dos atletas, que o futebol uruçuiense foi ganhando espaço mais apropriado e conquistando públicos diversos. E, como consequência surgiu o estádio Marrecão. Este, no início, não passava de um terreno a ser explorado pelos atletas para que fosse possível a prática esportiva. E assim foi feito. Alguns esportistas juntaram esforços e tornaram possível o sonho de um campo de futebol entre moitas e árvores do bairro Água Branca. E, pouco a pouco, aquele espaço passou a ser considerado o endereço do futebol uruçuiense. Um campo que demorou bastante para receber os primeiros benefícios do poder público local. Somente na década de 60 é que começa a ser contemplado com um rústico muro de proteção. Apenas nas últimas décadas é que o Estádio Marrecão tem recebido uma atenção mais consistente. E, na atual gestão municipal, uma melhoria mais significativa no tocante ao gramado e reformas estruturais visando proporcionar aos atletas e torcedores, um ambiente mais acolhedor. O nome é uma merecida homenagem ao ex-atleta Manoel de Sousa Paiva, conhecido como “Manoel Marreca”. É, pois, o Estádio Marrecão, um palco onde brilham os atletas uruçuienses e convidados.
Dentre tantos atletas que ajudaram a fazer a festa do futebol uruçuiense no Estádio Marrecão, cita-se: Manoel Marreca, Romão da Carlota, Valter Cheiroso, Luís da Arica, Negro Chaga, Mondeiro, Abílio, Moacir Borges, João Loreto, Manoel do Américo, Gonzaga Franco, Jucy Borges, Aurino Silva, Gilo, Francisco Ribeiro da Silva(Chico Mataporca), Josimar(Galo), Valder Trude, Nonato Mira, Balinha, Benedito do Gonçalo, Neguinho da Gilda, Manoel na Neci, Chico da Maçonilia, Zé Urbano, Félix Guedes e Zé Bedeu.
Fonte:Prof. Anchieta Santana
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