Numa leitura nos anais da história de Uruçuí, dentre diversos aspectos importantes, constata-se que muitos foram aqueles que, no mundo acadêmico, conseguiram, com êxito, uma formação na área do Direito. Principalmente na contemporaneidade, onde muitos uruçuienses exercitam, com louvor, a função de advogado e outras afins. Mas, quem foi o primeiro e único uruçuiense a conseguir o feito de ser advogado e Juiz?
O primeiro uruçuiense a atuar, com a devida formação acadêmica, nesse universo, onde se busca a defesa do direito constitucional, foi Arquelau Siqueira Amorim. Ele nasceu na segunda década do século XX, precisamente dia 05 de abril de 1920, ano em que Uruçuí completou dezoito anos de emancipação política. Almerinda Amorim, também uruçuiense, foi sua esposa.
A formação acadêmica de Arquelau Amorim, em Ciências Jurídicas e Sociais, aconteceu, aos trinta e três anos, na Faculdade de Direito do Piauí. Por vários anos, ele exerceu a advocacia e foi Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, secção do Piauí. Em 1967, aos quarenta e sete anos de idade, foi nomeado Suplente de Juiz do Trabalho da Junta de Conciliação e Julgamento-JCJ, de Teresina. E, também, presidiu a JCJ de Fortaleza-CE. Em 1968 foi Aprovado, em 2º lugar, no Concurso para Juiz do Trabalho Substituto. Em 1987, foi promovido, por antiguidade, ao cargo de Juiz Togado do TRT7, ocupando a vaga deixada pelo Dr. Cícero Ferraz. Aposentou-se em 15 de agosto de 1988 e faleceu em 25 de julho de 1997. Ele, como magistrado, nunca atuou em sua terra natal.
Conclui-se que a nossa história doméstica é rica e singular, também, por registrar biografias como a de Arquelau Siqueira Amorim.
Anchieta Santana
Historiador uruçuiense